sexta-feira, 22 de junho de 2012

Emprego


Emprego

Os tempos que Portugal enfrenta hoje são do conhecimento de todos. Tempos difíceis que obrigam a respostas duras e medidas claras. A situação é difícil quer do ponto de vista económico, quer do ponto de vista social. Os governos sucederam-se e Portugal esteve sempre numa rota de endividamento excessivo que hipotecou o futuro de gerações.

Nesta hipoteca de futuro, nós os jovens portugueses somos os principais afectados. Se por um lado esta crise que assola o país retira capacidade de integrar os jovens qualificados, os jovens que mesmo assim conseguem emprego, só o arranjam de forma precária, a baixo custo e normalmente a recibos verdes.
Esta falta de trabalho, o facto de cada vez mais jovens estarem sujeitos a condições laborais menos favoráveis e mesmo para aqueles que ainda mantem o seu emprego, acabam por não ter condições para começarem a sua vida profissional e familiar com a estabilidade necessária. A actual situação financeira do país leva-nos a perceber que somos a geração que irá ganhar menos que a anterior. É verdade. E é uma verdade que nos deve consciencializar. Os nossos pais ganharam, em média, mais que os nossos avós, os nossos avós ganharam mais que os nossos bisavôs. Em geral, esta foi a situação que vigorou de geração em geração. A nossa geração tem por isso enormes desafios pela frente. Somos hoje mais dependentes dos pais do que nunca. Na ida para a faculdade, na aquisição de casa, no simples aluguer, no apoio dos primeiros anos de trabalho, no apoio quando estamos a estagiar e nada recebemos. Somos uma geração que vê os ordenados descerem e poucas oportunidades de progressão. O desemprego jovem, tantas vezes falado, é um drama que nos afecta. A porta da emigração escancarada é uma solução, mas não pode ser a solução. Quem trabalha e é jovem, tem em média salários de 700 euros.

O desemprego jovem é alarmante. Neste particular, importa destacar ainda para o desemprego de jovens licenciados, cuja taxa é já uma das maiores da União Europeia. Dado que nos leva a pensar que a geração mais preparada, não tem perspectivas de futuro. O jovem emancipa-se cada vez mais tarde e com muitas dificuldades para fazer face aos custos do dia-a-dia.

O Emprego é uma realidade que diz respeito a todos os jovens, sejam eles estudantes, empregados ou desempregados. Por outro lado, está intrinsecamente ligado ao problema da integração social, onde os jovens, enquanto promotores e protagonistas de mudanças, têm também uma palavra a dizer.

A JSD Regional de Lisboa tem como obrigação o acompanhamento constante destas questões, velando pela aplicação das respostas que vão surgindo á realidade da nossa Região. Estaremos atentos à implementação do programa Impulso Jovem, ainda não finalizado, que diz respeito á criação de estágios remunerados e decorre da iniciativa Europeia “Oportunidades para a Juventude”.

Da mesma maneira, importa que reivindiquemos a aplicação do Plano de Relançamento dos Centros de Emprego à realidade concreta dos nossos municípios, para a adequação da oferta às necessidades e potencialidades específicas da nossa Região.

Se a nossa Geração atravessa um dos momentos mais difíceis de sempre, é nossa função primeira a de compreendermos e envidarmos esforços para qualquer demonstração de utilidade que minimize esta situação.

Assim, a JSD Regional de Lisboa lançará um projecto que, através do uso das tecnologias de informação, auxilie, esclareça e acompanhe os jovens ao longo das etapas que vai atravessando. A primeira ida a uma entrevista, o preenchimento de um formulário de candidatura, a elaboração de um CV atractivo e diferente, dicas de sites e locais para procurar emprego, os passos legais que tem de cumprir, etc.

Sem comentários:

Enviar um comentário